sábado, 19 de janeiro de 2008

Título:Livro básico sobre Microcontroladores PICs.
Autor:
Luiz Bertini
Texto:Aprenda sobre
microcontroladores PIC de uma forma rápida e básica.

Capitulo 1 - A teoria inicial

Antes de falar em
microcontroladores vamos definir algumas coisas para o aprendizado ficar mais fácil:

-bit é um dígito que corresponde a 0 ou 1.
-byte é uma
sequencia de bits, com oito no total.
-
word é uma palavra com mais de 8 bits (algo como um bytão...).
-
nibble é uma palavra com 4 bits (algo como um bytinho...).
-o famoso flag é um bit dentro de um registrador.
-um registrador é um endereço na memória que tem cada bit de seu byte (oito
digitos) com uma função. E os registradores servem para ajustar, definir e mostrar o funcionamento do PIC.


Final do capítulo 1, já decorou... 19/01/2008

Capitulo 2 - Os principais registradores

Nos estaremos baseando este curso no
PIC16F628 e ele será todo escrito de memória, vai ser um teste para mim e, espero, um aprendizado para voce.

São três os registradores mais importantes do
PIC16F628:

-o
status
-o
intcon
-o
option ou option_reg

O registrador
status: ele é responsável por ns os resultados das operações lógicas e aritméticas do microcontrolador. Através da leitura e escrita em seus flags podemos saber o estado em que está o microcontrolador. Lendo alguns de seus flags, com o Z, o C e o DC, podemos construir programas mais curtos, inteligentes e eficientes.

O registrador
intcon: ele é responsável pelo controle das interrupções que o pic pode sofrer. Uma interupção é um sinal lógico, interno ou externo, que fará o pic mudar o que está fazendo e ir para um determinado endereço, normalmente 4 em decimal.

O
regitrador option ou option_reg: ele tem estes dois nomes pois , em pics antigos, havia uma intrução chamada option e para evitar problemas convencionou-se chamá-lo de option_reg. Ele define algumas opções de funcionamento do PIC. Como exemplo podemos citar o controle do timer0 e do prescaler. Um prescaler é um divisor.

Final do capítulo 2. 21/01/2008

Capítulo 3: Os registradores que comandam as entradas e
saídas (I/O).

Temos no
PIC16F628 dois registradores específico para definir se os pinos serão entradas ou saídas. Estes registradores recebem o nome de TRIS.

As
entradas e saídas estão juntas em um barramento que recebe o nome de PORT.

No nosso caso temos o
portA e o portB.

O porta define as portas ligadas em um conjunto de I/Os.
O
portb define outro conjunto de I/Os.

Para comandar o porta temos o registrador
TRISA e para comandar o portb temos o registrador TRISB

Cada registrador destes tem 8 bits ou 8 flags, e o nível deles, se zero ou um é que definirá se
aI/O (que nada mais é que um terminal ou pino do CI) será uma entrada ou uma saída.

Se o flag for 1 o pino será entrada.
Se o pino for 0 o pino será
saída.

23/01/2008

É através destas I/Os, que conseguimos nos comunicar com os PICs. É importante lembrar que eles entendem sinais de padão TTL, ou seja, 1 e igual a 5 volts e 0 é igual a 0 volts (para simplificar).

Algumas destas I/Os tem mais de uma função e estas funções serão definidas através, do correto ajuste dos registradores do PIC. Só para adiantar um pouco as coisas, existem mais registradores que fazem parte do PIC. Vamos estudá-los quando for necessário.

Normalmente se usa o porta como entrada e o portb como saída, mas esta não é uma regra geral e sim, mais um costume de muitos programadores.

25/01/08

Falamos que o nível 0 corresponde a zero volts e o nível 1 a cinco volts e isto deve ficar bem claro para o leitor, pois embora o estudo do PIC possa parecer apenas para aprender a programação (ou seja o software) também existe e é imprescindível, o hardware que é o próprio componente PIC, e todos os outros componentes ligados a ele, como resistores, capacitores, leds, etc...
De nada adianta voce conhecer todas as instruções se não sabe conectar o pic de forma que ele seja a parte ativa de um circuito.

A maioria da pessoas que fazem programação gostam de trabalhar com a base hexadecimal. Mas o que é isto voce pergunta? É uma base numérica onde contamos desde o zero até o número 15, dando um total de 16 números diferentes.
Normalmente usamos a base decimal, onde contamos do zero ao 9 e temos dez números diferentes.

Veja o decimal:

0= zero
1=um
2=dois
3=três
4=quatro
5=cinco
6=seis
7=sete
8=oito
9=nove

Veja agora o hexadecimal:
0=zero
1=um
2=dois
3=três
4=quatro
5=cinco
6=seis
7=sete
8=oito
9=nove
10=A
11=B
12=C
13=D
14=E
15=F

Dá para perceber a diferença...

Mas como eu estava dizendo muito programadores, técnicos, engenheiros, ou xeretas, como eu, gostam de usar a base hexadecimal, eu prefiro usar a base decimal e, quando necessário trabalhar em binário.

Binário é outro sistema de numeração com base igual a dois, ou seja só temos dois números, o número 0 (zero) e o número 1(um).

Veja:

0=zero
1=um

Voce pode pensar que com isto não dá para fazer nada, mas está enganado, na realidade o mais próximo do que o microcontrolador entende é isto, uma sequência de zeros e uns...

Como o pic trabalha com oito bits, ou seja, um byte, vamos dar uma olhada no binário usando o bits:

00000000=zero
00000001=um
00000010=dois
00000011=três
00000100=quatro

e por aí vai...

No cabeçalho de um programa voce pode optar em trabalhar com a base decimal, hexadecimal ou octal (que tem 8 dígitos), mas durante o programa voce pode usar qualquer base, como o binário, contanto que informe o PIC que esta fazendo esta mudança.

Nas próximas lições veremos como converter de um sistema para o outro e de como começar a fazer o primeiro programa para um PIC.

27/01/2008

Capítulo 4 - Tipos de memória.

Embora este seja um capítulo curto e simples é importante que voce o entenda bem, para não confundir as bolas, ou digo, as memórias, depois...

Existem diversos tipos de memórias:

Memórias ROM - é um tipo de memória que só pode ser gravada uma vez. Voce pode encontrar este tipo de memória na placa de seu micro, se ele for velhinho, pois é numa memória destas que fica guardado a "cara" do setup. A informações que voce muda ficam numa outra memória.

Memórias RAM - Podem ser gravadas e lidas diversas vezes, só que perdem toda a informação quando a alimentação delas é cortada. Numa memória similar a esta ficam os dados que voce altera no setup e é por isto que voce perde tudo quando a bateria "fica bichada".

Memória EPROM - podem ser gravadas e apagadas. Para apagá-las é necessário o uso de luz ultravioleta.

Memórias EAROM - Voce pode escrever e ler esta memória e, se quiser apagá-la, basta aplicar um nível correto de tensão no pino correto. Foi muito usada em TVs antigas.

Memórias EEPROM ou E2PROM - são as memórias que permitem gravaão, leitura e regravação, mais utilizadas atualmente. Uma memória bem comum é a 24C08. Elas mantém a informação mesmo sem a alimentação. Tem gente que chama estas memórias de serial eprom ou serial e2prom. Isto se deve ao fato de grande parte delas serem gravadas com um protocolo (forma de comunicação) serial, conhecido como I2C.

Memórias FLASH - é a memória mais rápida, gravação e regravação e tem uma infinidade de usos. Existem variações deste tipo de memória, mas a que nos interessa ressaltar aqui são as que não perdem os dados mesmo sem a alimentação. Alguns chamam de flash e2prom.

09/02/2008

Capítulo 5 - Registradores

O registrador W.

O registrador W é extremamente útil no PIC, pois é através dele que fazemos diversas partes de um programa.
O nome registrador W vem de “Registrador Work”, que traduzindo, quer dizer trabalho.

É através dele que carregamos os outros registradores com valores diversos e corretoss para um perfeito funcionamento de nosso projeto.

Caso desejamos colocar um determinado valor em um registrador de uso geral (GPR), primeiro temos que “carregar” o registrador W e depois passar para o outro registrador.

Para carregarmos o registrador W usamos as instruções:

MOVWF e MOVLW

CATEGORIA DE REGISTRADORES

Os microcontroladores PICs possuem dois tipos de registradores, além dos registradores W, estes registradores são chamados de “GPR e SFR”, e normalmente, são indicados pela letra f (minúsculo).

Ao contrário do registrador W, eles estão implementados dentro da memória RAM. As siglas significam o seguinte:

GPR = General Purpose Register = Registrador de Propósito Geral (mais fácil -> Registrador de Uso Geral).

SFR = Special Function Register = Registrador para Funções Especiais.

f = file register = Registrador de Arquivo.

Normalmente se usa “f” tanto para identificar registros “SFR” como “GPR”.

Um registro é um endereço de memória, que pode receber um nome.

Como os microcontroladores usados são de 8 bits o registro pode ter um valor entre 0 a 255 em decimal (28 = 255) ou de 0000 0000 a 1111 1111 em binário ou de 0 a FFH em hexadecimal.

No caso do PIC 16F84 ou do 16F628, este registro tem que estar em uma posição da memória entre 0 a 127 em decimal ou 0000 0000 a 0111 1111 em binário ou 0 à 7FH em hexadecimal.

Temos um espaço na memória RAM, de uso geral, que vai de 12 a 79 em decimal ou 0CH a 4FH em hexadecimal o que nos deixa um espaço de 68 bytes para o PIC 16F84 no banco 0 espelhado no banco 1.

Temos um espaço de memória RAM, de uso geral, que vai de 32 a 128 no banco 0 o que dá 96 bytes, temos um espaço de 160 a 240 no banco 1 o que dá 80 bytes e de 288 a 335 no banco 2, o que dá 47 bytes para o PIC 16F628. Temos assim o valor de 96 + 80 + 47 bytes disponíveis no PIC 16F628.

Importante: Um registrador é um endereço na memória RAM.

O ideal é darmos um nome a este registrador. Todo registrador pode assumir um valor entre 0 a 255 em decimal.

Também é importante perceber que podemos definir um endereço ou uma variável em decimal, binário ou hexadecimal, exemplo:

128 em decimal é igual a 10000000, em binário que é igual às 80H.

Em binário fica mais fácil visualizarmos o estado de cada bit, por exemplo, você saberia como estariam os bits se coloca-se no “INTCON” o valor 154 em decimal?

Podemos escrever nosso programa usando como base numérica o decimal, o octal, o binário ou o hexadecimal. Mas, precisamos avisar o microcontrolador em qual base vamos trabalhar.

O número máximo de registradores de um microcontrolador irá depender do tipo de microcontrolador.

Cabe lembrar que teremos os registradores SFR que definirão as características de funcionamento do microcontrolador (como exemplo podemos citar o INTCON, o TRISA, o STATUS) e os GPR que são registradores de uso geral e normalmente “criados” pelo programador. No caso do PIC 16F84 estes registradores de uso geral se limitam a 15.


17/02/2008


Capítulo 6: O watch dog

O watch dog é um contador interno do pic, que não precisa do cristal e que não está amarrado em ninguem. Mas para que isto? Ele serve de proteção para o circuito que o pic irá controlar ou para o operador da máquina que o pic controla.
Imagine que voce fez um software para comandar um elevador e entra um ruído e faz com que o pic trave e seu oscilado a cristal pare, o que aconteceria? O elevador deixaria de funcionar. Mas com o watch dog funcionando e setado nos fusíveis ou bits de configuração do pic, isto não acontecerá. Por que? Pois ele continuará contando e resetará o pic fazendo ele começar a funcionar novamente e o elevador funcionar novamente.

Voce deve sempre estar atento ao watch dog, particularmente quando seu programa tem muitas subrotinas para gerar tempo, caso não coloque a função clrwdt seu tempo de contagem(próximo há 18 milisegundos) estourará e ele resetára o pic e seu software não funcionará.

Mais um pouco:

Como eu já havia dito anteriormente neste livro, o watch dog é um timer ou temporizador independente do clock do PIC ou de qualquer outro componente externo.

Ele sempre esta contando e o seu tempo total de contagem é de, aproximadamente, 18ms.

Este tempo pode variar de acordo com a temperatura e flutuação na alimentação (olha o ripple novamente). Mas, o importante é saber que quando o tempo de contagem excede 18ms, ele estoura (daí você vê uma pequena fumaça subindo da bancada), ou melhor, dizendo, ocorre um overflow e ele reseta o PIC e assim o programa começa tudo de novo.

A função dele é evitar que algum travamento no programa, causado por hardware ou software, seja resolvido depois de um reset do microcontrolador.

Imagine um dimmer (controlador de intensidade luminosa) constituído com um PIC. Em determinado momento um pico de energia faz com que a luz, que estava bem fraquinha, fique com o seu brilho máximo devido há um “travamento” do PIC. O watch dogreseta” ele e o brilho volta ao normal se o seu programa foi feito para isto.

Isto apenas é um exemplo, imagine a importância do watch dog em sistemas ligados à segurança.

Mas, meus programas vão ficar limitados a rodarem em 18ms? É claro que não. Basta você usar a instrução CLRWDT, e o registrador WDT, que faz a contagem da watch dog, será resetado e não acontecerá o overflow nem o reset do PIC. Mas, se o seu programa travar, ele não passará por esta instrução e o overflow acontecerá.

A instrução CLRWDT é extremamente útil quando precisamos criar sub-rotinas de tempo, traduzindo para o português correto, ela é importante se pretendermos fazer um timer com o PIC.

O watch dog pode ser ligado ou desligado, ou melhor, dizendo, pode ser ativado ou desativado em apenas duas condições:

- com uma linha de comando no cabeçalho do programa;

- na hora da gravação do PIC.

Se você usar a instrução sleep (acorda o meu filho ou filha) e se acontecer um estouro, o microcontrolador retornará na instrução seguinte ao sleep.

Você pode associar o watch dog ao prescaler, que é um divisor ajustável, e aumentar o período dele para até 2,2 segundos aproximadamente (não tenho cronômetro).

Vamos estudar o prescaler daqui a pouco. Agora vamos salientar que apenas duas instruções zeram o watch dog e fazem com que ele recomece a contar.

As funções são:

SLEEP Þ zera o watch dog e coloca o PIC em modo econômico.

CLRWDT Þ zera o watch dog evitando o overflow ou estouro e o reset do PIC.

23/08/2008

Capitulo 7 - O Prescaler.

Antes de tudo o prescaler é um divisor. No caso dos PICs é um divisor que pode ter o seu fator de divisão ajustado.

O prescaler que é um divisor pode ser atribuído, ou seja, pode estar conectado ao TMR0 (timer 0) ou ao watch dog. Para definirmos isto precisamos atribuir um valor ao bit 3 ou flag 3 do registrador Option.

Se o valor do bit 3 for 1 a prescaler estará ligado e dividindo a contagem do watch dog.

Se for 0 o prescaler será atribuído ao TMR0.

Podemos perceber a importância dos registradores, vamos estudá-los mais profundamente em um próximo capítulo. Tudo ao seu tempo.

O bit 0, o bit 1 e o bit 2 do registrador Option definem a taxa de divisão do prescaler. Já aviso que esta taxa é diferente para a watch dog e para o TMR0.

Estes bits tem nomes próprios, vamos vê-los:

O bit 3 recebe o nome de PSA.

O bit 0 tem o nome de PS0.

O bit 1 tem o nome de PS1.

O bit 2 tem o nome de PS2.

Você pode ler ou escrever o valor nestes flags do registrador Option.

Podemos perceber que de acordo com os valores nas posições PS2, PS1 e PS0, teremos um fator de divisão.

Também podemos perceber que a máxima divisão do Timer0 será por 256, e a máxima divisão do watch dog será por 128.

Nas nossas experiências iremos “ver” estas divisões na prática.

Capitulo 8 - a pilha ou stack.


O stack consiste em uma pilha com oito posições diferentes. Também podemos dizer que ele tem oito níveis diferentes. O stack nesta família de PICs não é acessível ao programador.

Sua função é armazenar a posição em que o programa parou ou foi desviado, para executar uma sub-rotina e fazer o programa voltar para a posição imediatamente seguinte, após realizar a sub-rotina.

Ele trabalha junto com o PC que é o programa Counter ou Contador de Programa.

Basicamente falando o PC conta as linhas do programa que estão sendo executadas e seu funcionamento é praticamente transparente ao usuário ou ao programador.

Toda vez que uma instrução Call é usada, o PC armazena o valor PC+1 na Stack, isto para saber em qual linha do programa deve voltar.

A mesma coisa acontece quando usamos interrupções.

Como temos apenas 8 níveis, não podemos ter mais de 8 instruções de desvio acontecendo ao mesmo tempo, pois as chamadas acima da oitava serão armazenadas sobre as outras e aí o programa não saberá para onde ir.

Os oitos níveis no Stack são montados da seguinte forma:

- nível 8 Þ 8ª chamada call.

- nível 7 Þ 7ª chamada call.

- nível 6 Þ 6ª chamada call.

- nível 5 Þ 5ª chamada call.

- nível 4 Þ 4ª chamada call.

- nível 3 Þ 3ª chamada call.

- nível 2 Þ 2ª chamada call.

- nível 1 Þ 1ª chamada call.

- terminada a 8ª chamada este espaço ficará vago.

- terminada a 7ª chamada este espaço ficará vago e assim, sucessivamente.

A pilha é montada de baixo para cima e desmontada de cima para baixo.

Como na série 16 dos microcontroladores PIC não podemos ver o estado da pilha, é muito importante prestar atenção em quantas chamadas se está usando. Caso o Stack esteja cheio e uma chamada seja feita, o nível 1 já era, ou melhor, o endereço que estava no nível 1 já era, e o seu programa também.

O PC não voltará para o lugar correto ao chegar ao nível 1.

As únicas instruções que tem acesso à pilha são Call, Return, Retlw e Retfie além da interrupção.

Um Call e uma interrupção guardam endereços de retorno no Stack.

A instrução “GOTO” não armazena endereço no Stack.

Se você for usar interrupções em seu programa, considere a pilha com apenas 7 níveis, pois se não fizer isto e acontecer uma interrupção com os 8 níveis ocupados, haverá um estouro da pilha e o seu programa não funcionará.

Usou interrupção, deixe um nível vazio no Stack.

23/08/2008

Título: Um simples ser vivente
Autor:Luiz Bertini
Texto:Aqui será escrito um livro não técnico, visto que nenhum autor quis editar até hoje. Este livro esta sendo criado durante a escrita.

Capítulo 1 - 1990

Já havia muito tempo que ele não via um poente assim. Uma forte chuva de verão de final de tarde e agora o sol quase sumindo no horizonte distante. Mas em breve teria que parar de olhar, por mais que admira-se a beleza da paisagem e por maior que fosse o desejo de fotografá-lo, seus alunos já estavam chegando para o período de aulas noturno e, ele sabia que, em breve seria interrompido por alguma pergunta sobre eletrônica, futebol ou mulheres... Isto era dar aulas para jovens que gostavam de eletrônica, mais amavam mais ainda a vida e ele aprendia isto com eles, mesmo que fosse sem saber...

21/01/2008

Agora era tarde da noite, sozinho no ponto de onibus vazio, a única coisa que ele queria era ir embora para casa. Pegar o onibus, descer do onibus, andar a pé, durante um bom tempo e subir as escadarias... Era este o final do dia de um jovem professor, que ainda dividia seu tempo entre um emprego "normal" e os famosos bicos...

Trabalho não lhe faltava, mas mal sabia ele do futuro e da importância das coisas e das coisas importantes.

Já em casa o rádio era sua companhia durante o banho, vozes lindas que não conhecia e que se perdiam na distância, mas o faziam mais feliz.

23/01/08

Capítulo 2 - 1998

Foram as seis horas de espera que passaram mais rápido na vida. Eu, minha esposa e dois amigos, aguardávamos, sentados na arquibancada, pela entrada do Paul Hewson e seu companheiros, pois em breve ia começar um show do U2 no estádio do Morumbi. Já era noite quando tudo começou, e não demorou muito para o estádio começar a vibrar com a energia emanada por todos. Se passam as músicas, se passam as horas e tudo termina com 40. Parecia combinado com o que eu e tanto outros fãns, aguardavam. No final, enquanto uma massa humana se deslocava para fora, eu ficava deitado na arquibancada feliz e sem noção dos anos passados ou futuros, estava apenas feliz pois estava com pessoas que gostava e tinha acabado de ver um show do U2. Queria tanto conhecer o Bonovox... Mas isto é pura divagação...

27/01/08

Capitulo 3 - 2003

Foi no ano de 2003 que nasceu meu filho, que é a melhor coisa da minha vida... Pena que para mim é tão difícil expressar isto, mas eu tento, eu tento...
Foi neste ano, também, que minha vida financeira começou a desmoronar.
Contarei a história de como isto aconteceu, mas não para que tenham pena, mas para que estejam alertas e busquem aprender com os erros dos outros.

Um amigo precisava de uma soma em dinheiro para poder começar o seu negócio e conversamos muito sobre isto, como eu o conheci a há muito tempo e ele parecia um excelente profissional e com excelentes clientes e contatos, levantei a grana e ele me devolveria tudo depois de seis meses. Seis meses dava para aguentar bem apertado. Mas para conseguir o dinheiro precisei fazer empréstimos, comprar com cheques pré, usar o cartão demais, etc e tal.
Passaram os seis meses e o dinheiro não voltou, não voltou até hoje e agora acredito que nem voltará, pois cheguei em uma situação em que ou eu me preocupava em receber o dinheiro ou trabalhava para tentar quitar as dívidas. E dívida é como uma bola de neve, começa pequena e vai crescendo, voce pega dali para pagar aqui e vice-versa. Em resumo: saí do emprego e quitei quase tudo com o fundo de garantia, mas o quase cresceu, então vendi minha casa e quitei quase tudo, mas o quase cresceu de novo, como bom pagador e besta quadrado, não negociei a dívida, fiquei com medo de ter o nome sujo, fiquei com medo...

Hoje ainda resta parte da dívida, por sorte voltei a morar onde morava, e estou recomeçando. Sinto que a tempestade já passou, já cheguei no fim do poço e agora é só subir. Mas escalar exige preparo e dedicação e aprendo isto há cada dia novo.

Aprendi a viver dia por vez, a cada dia basta o seu cuidado disse o Mestre.
Aprendi a negociar dívidas, contas, o que tenho de receber e o que tenho de pagar.
Aprendi que ou enlouquecia com as dívidas ou trabalhava para quitá-las conforme me fosse possível. E é assim que vivo com minha esposa, meu filho, e meu cão.
Parece que estou vivendo duas vidas em uma só, pois preciso conquistar tudo de novo.

Graças a Deus encontrei muita gente boa durante este período e tive muita ajuda de Alguém lá de Cima.

Meu amigo? Sumiu. Mágoas ou raiva? Por mas estranho que pareça não sinto nenhuma, afinal das contas o erro foi meu. Mas estou mais alerta e mais esperto.

Para ajudar alguém voce deve estar preparado, caso contrário pode só estar aumentado o problema da pessoa ou o seu. Pense nisto.

Se voce tiver em alguma situação parecida procure um amigo de coração ou alguém em quem confie com certa reverência e peça auxílio. Pense antes de pagar as dívidas, negocie, vá atrás de seus direitos, não tenha vergonha de dever dinheiro, metade do país deve (não que isto seja desculpa) e não há vergonha em estar nesta situação, deixe a vergonha para os corruptos, eles terão o seu dia...

Cuide das suas dívidas de forma que consiga quitá-las totalmente e nunca pegue um empréstimo para pagar outro. Viva um dia por vez. Concentre-se em um problema por vez e não tenha medo de ter o nome "negativado" contanto que com o passar do tempo o dinheiro que juntou ou conseguiu vendendo bens ou trabalhando, pague tudo. Daí sim voce resolve o seu problema.

Não caia no mesmo erro que eu que quase paguei tudo duas vezes e ainda tenho parte da dívida e sai de um emprego e vendi minha casa.

Mas nasceu Mateus, meu filho, meu raio de sol.

Capítulo 4 - 1983

Foi neste ano que começei a escrever de uma forma mais séria e constante. Junto com um amigo de sala de aula, um abraço Daniel, começamos a escrever poesias e prosas e se já adorava ler, peguei gosto pela escrita. Percebi que minha gramática era péssima, e ví que a minha salvação na escola seriam as redações e assim o foi:

Zero em gramática.
Cinco em literatura.
Dez em redação.
Média 5.
Passei de ano.

E assim foram por alguns anos.

Ganhei concursos na escola, ganhei menções honrosas da prefeitura de São Paulo, ganhei experiência e consegui escrever um monte de livros técnicos e sabe o que isto me fez melhor do que voce? Nada. Nothing. Coisa nenhuma. Escrevo por sobrevivência.

09/02/2008

Capítulo 5 - Pai Nosso

Pai nosso (pois mesmo que voce pense que é apenas uma unidade carbono, no mais íntimo do seu ser, se voce permitir isto, enxergará uma centelha de esperança em saber que existe um Ser Supremo e Justo. Isto acontece e aconteceu com todos os povos em todos os tempos. Acredita nisto? Ou seu orgulho é maior que sua razão???) que estais nos céus (nos céus, no espaço, em todo tempo e lugar, não é capaz de compreender? Não limite Deus as qualidades de um homem), santificado seja o vosso nome (agradecer e reconhrecer é algo de bom, algo que, se devemos fazer com todos os que nos cercam materialmente, como não agradecer e revenciar a Essência Suprema), venha a nós o vosso reino (não este reino de caos e desordem que nós, homens, encarnados ou não, construímos e que é consequência de nossas próprias imperfeições. Acha este mundo injusto e ruim? Ajude-o a ser melhor faça alguma coisa, sanctify yourself meu amigo) e que seja feita a vossa vontade assim na terra como no céu. (a vontade do Pai é que evoluamos, somos como alunos em uma escola, se estudarmos aprendemos e passamos de ano, nos tornamos técnicos, engenheiros, "mestres", se não, ficamos para trás. E daí? Daí que não adianta reclamar do mundo injusto e que tudo isto é vontade de Deus, a vontade de Deus é a perfeição... faça a sua parte).
O pão nosso de cada dia nos daí hoje, ( e que aprendamos a dividi-lo com quem precisa, seja o pão material, seja nosso tempo, seja nosso saber) perdoai as nossas dívidas assim como perdoamos a quem nos deve (pimenta no olho dos outros é refresco... aprenda a perdoar primeiro e daí peça perdão, como exigir alguma coisa dos outros se não somos, nós mesmos, capazes de fazer?) e não nos deixei cair em tentação ( daí-nos, peço humildemente, a capacidade de saber o que podemos e o que nos convém) mas livrai-nos do mal ( livrai-nos antes de fazermos o mal, pois, por mas estranho que pareça é melhor sofrer o mal que infringi-lo a alguém. Quando voce desencarnar, bem como eu, teremos provas disto). Amém.(amem, façam a caridade acreditando no bem).

17/02/2008

Capítulo 6 - 1991

Fazia quase um anos que eu estava trabalhando na TV Cultura e fui escolhido para cobrir a ausência de um outro funcionário, na cidade de Presidente Prudente. Foi a primeira vez que voei de avião e isto não é um pleonasmo...
Foram quinze ou vinte dias distante de todos os que me conheciam melhor, mas foi uma experiência fantástica. Fiz novos amigos, trabalhei muito em campo, conheci novos lugares, acrescentei experiência a minha vida.
De tudo o que lá fiz, conheci e passei o que mais lembrança deixou foi a amizade com um dos técnicos de lá. Foi sua amizade, sua capacidade de escutar, sua perfeição técnica, seu censo de trabalho, justiça e responsabilidade.
Me lembro que, no dia de voltar para casa, tivemos uma última viagem juntos e ele parou e me apresentou o rio Paraná. Dois quilômetros de largura, uma imensidão de água. Corri até uma pequena praia e toquei o rio e me senti bem diante daquela imensidão de vida e morte, me senti pequeno mas me senti parte de um todo, um todo chamado planeta Terra. Ou Gaia, como queiram.

Obrigado meu amigo, que bons espíritos o acompanhem em seus caminhos.

17/02/2008

Capítulo 7 - 2000

Na semana passada internei o meu pai...
De tudo o que já fiz na vida isto foi uma das coisas mais difíceis e que mais doeu... e ainda dói.

Lembro-me do meu pai bravo com a travessuras minhas e do meu irmão.
Lembro-me do meu pai ajudando em catástrofes ocorridas em São Paulo.
Lembro-me do meu pai chegando em casa, impecável no seu uniforme de motorista, em plena madrugada. Para logo depois voltar a trabalhar.
Lembro da fotos em que aparecemos juntos e lembro das fotos que dele eu fiz.
Lembro das poucas vezes em que acariciei o seu cabelo (como eu não entendo nada - nothing - da vida), e prefiro me esquecer de suas bebedeiras e noites em hospitais. Não, não é fuga, é apenas dar valor ao que realmente tem valor.
Meu pai, hoje, sofre de uma mistura de mal de alzheimer, acelerada por consumo excessivo de bebidas alcoólicas (isto segundo o que consegui estudar e obter dos médicos).
Hoje, ele confunde as coisas, esquece quase tudo, às vezes é teimoso, outra vezes violento. Não toma banho sozinho, não faz sua higiene pessoal, não consegue andar direito (tem aneurite, mais pronunciada nas pernas, devido ao álcool).
Internei meu pai pois não conseguia cuidar dele direito, internei a contragosto, internei...
Agora tenho mais tempo para tudo mas, às vezes, sinto que não tenho mais pai. Embora isto não seja verdade e os caminhos da vida sejam eternos.
Ontem ele era um homem formoso e jovial. Hoje ele nem se lembra da família.
Isto é que dói,
não por dó,
não por egoísmo (talvez um pouco ou muito), mas por sua condição.
Internei meu pai e sinto falta dele, dos barulhos, do trabalho, até da irritação.
Como dói tomar estas decisões.
Como sinto falta do homem,
que aparece nas fotos,
que deixa acariciar os seus cabelos,
que bebia demais,
que me fazia perder o sono,
que caia e me prendia em casa.
Como sinto falta do meu pai que hoje só vejo em dias de visita.
Como sinto falta do meu pai.

Que bons espíritos o guardem.

Good speed your love to her.
Today, tomorrow, again and again. Forever.
03/03/2000

Capítulo 8 - Dia 17 de fevereiro de 1963

Neste dia nascia meu irmão mais velho. Meu único irmão. Meu amigo quando criança, meu defensor na escola. Meu conselheiro na adolescência. Depois a vida, com suas atribuições, começou a nos distanciar. Amigos diferentes, escolas diferentes, crenças diferentes, problemas diferentes.
Lembro dos conflitos e da dor.
Lembro de "perdermos" nossa mãe, de internarmos nosso pai, de brigarmos e nos reconciliar-mos quase na mesma hora.

Sei que já disse que a nossa família a gente encontra na rua, mas, com certeza, há exceções. Meu irmão é uma delas.

Hoje ele mora distante, está casado há anos, mas ainda é meu irmão.
Obrigado meu irmão.
Desculpe pelos erros passados.
Muita paz e felicidade no porvir.
Feliz aniversário.

17/02/2008

Capitulo 9

Ele veio do Nordeste saindo de um emprego do qual não tirava férias há anos e, provavelmente, isto ajudou a forjar seu caráter e sua responsabilidade perante o trabalho.
Chegando em São Paulo, foi morar sozinho em uma favela. Com o tempo percebeu que as condições daquela favela poderiam ser melhoradas. Percebeu isto ao observar os "gatos", instalações elétricas muito mal feitas e que traziam problemas diários e riscos de incêndios. Pegou uma escada, subiu em um poste, levando consigo ferramentas e fita isolante e, ao chegar nas ligações, foi questionado por muitos... O que voce vai fazer aí? Deixe minha ligação em paz. Voce sabe com quem está se metendo? Olhou, parou, pensou e disse: Eu sou técnico em eletrotécnica e eletricista com anos de experiência, se me deixarem eu arrumo tudo isto e não haverão mais quedas de energia, luzes variando o brilho, princípio de incêndio... posso? Deixaram que ele fizesse o seu trabalho e tudo ficou muito bem feito. Daquele dia em diante ganhou o respeito de todos, pois trouxe benefícios sem pedir ou ganhar nada de ninguém. Consertou o que havia de errado apenas pelo prazer de faze-lo.
Fui conhece-lo muitos anos após isto. Já tinha casa própria e já tinha trazido toda a sua família para cá. De todos os profissionais com quem tive contato, ele era, com certeza, um dos mais eficientes. Sabia a prática e a teoria, sabia ouvir e falar, sabia aprender e ensinar. E foi ensinando que nos conhecemos, por obra do destino fomos dar aulas na mesma escola, a sintonia ocorreu de imediato e começamos nosso trabalho conjunto para melhorar o curso de elétrica. Criamos apostilas, conseguimos doações, escrevemos livros, montamos painéis, montamos boxes para simulação de residências. Passávamos boa parte do sábado nos divertindo com os alunos e com a eletricidade.
Um dia, nem eu mesmo sei o porque, parei de lecionar lá, mas ele continuou.
Outro dia, ele trabalhando em sua casa, caiu da laje, mas sobreviveu e passou anos se recuperando. Ainda escreve livros, ainda tem coragem para mudar de cidade e enfrentar novas situações, ainda somos amigos, mesmo que distantes. Um dia, estará totalmente recuperado e voltará a ativa e quem dera eu possa acompanhá-lo.
O que posso dizer dele? Um profissional e ser humano honesto, extremamente trabalhador, com um senso de justiça e com uma determinação inabalável. Coisa de dar inveja, no bom sentido que seja. Alguém para se admirar.

08/03/2008
Título:Livro Técnico
Autor:Luiz Bertini
Texto:Aqui será escrito um livro técnico, on-line sobre eletrônica básica.

Capitulo 1 - Resistores

Resistores são componentes utilizados em eletrônica para polarizar componentes ativos, como transistores e circuitos integrados. Também podem ser utilizados em constantes de tempo e para limitação de corrente. São amplamente utilizados e podem ter o seu valor identificado através de um código de cores impresso em seu corpo. Um circuito básico que podemos fazer com um resistor é a polarização de um led. Sabendo que um led acende com 1,7 volts e consome 5 mA e que queremos ligá-lo em uma fonte de 12 volts calcula-mos o valor do resistor que deve ficar em série com o led assim:

R = 12 - 1,7/0,005

Por hoje é só... 19/01/2008

Veja abaixo o código de cores dos resistores:

preto = 0
marron = 1
vermelho = 2
laranja = 3
amarelo = 4
verde = 5
azul = 6
lílas = 7
cinza = 8
branco = 9
dourado = 5%
prateado = 10%
sem cor = 20%

A leitura do código deve ser feita da faixa mais próxima de uma extremidade.
As três últimas cores (dourado, prateado e sem cor) definem a tolerância do resistor. Desta forma um resistor de 100 ohms com a última faixa dourada poderá ter um valor 5% para mais ou 5% para menos.

Exemplos:

resistor com as seguintes cores:

vermelho, vermelho, vermelho, dourado = 2 2 (2 números 0 = 00) e 5% 0 que é igual a: 2200 ohms com uma tolerância de 5%.

lílas, azul, preto, vermelho = 75 (nehum número 0, pois preto na terceira faixa corresponde a nenhum zero) e 2% de tolerância (pois vermelho corresponde a dois) o que dá um valor de:

75 ohms e 2 % de tolerância.

Podemos ter resistores de filme de carbono, de filme metálico, de carbono, de fio, para uso específico com Rádio Frequência, etc.

21/01/2008

Por um resistor circulará uma corrente quando aplicarmos sobre ele uma tensão e esta é, praticamente, a segunda lei de ohm : V=R xI

Foi esta fórmula que aplicamos acima para calcular o resistor que deveria ir em série com o led.

Para calcular a potência que é dissipada em um resistor podemos usar as seguintes equações:

P = V x V/R ou P = V x I ou P = R x (IxI)

Todas estas fórmulas se aplicam a apenas um resistor por onde passa uma corrente, devido há uma tensão aplicada entre os seus dois terminais.

Divisor de tensão resistivo

Uma aplicação para os resistores é servir como divisores de tensão, a figura abaixo demonstra isto, visualmente e matematicamente.











Considerando-se a corrente de saída ( Iout) = 0 temos:

Vsaída =VR2

Vcc = (R1 + R2) x I à e: VR2 = R2 x I

I = Vcc/R1 + R2 I = VR2/R2

igualando as equações:

Vcc = VR2

R1+R2 R2

VR2 = Vcc x R2

R1+R2

como VR2 é igual a Vsaída temos:

Vsaída = Vcc x R2

R1+R2

Estes cálculos só servem para se ter uma noção da tensão na saída. Quando a corrente de saída for grande haverá uma queda de tensão maior sobre R1 o que fará com que a tensão de saída seja menor do que a calculada.




23/01/2008

Capítulo 2 - Capacitores

Capacitores são componentes largamente utilizados em eletrônica. Algumas das funções deles são servir de filtro, dobradores de tensão, bloquearem tensões contínuas, acoplamento entre circuitos e desacoplamento de sinais alternados.

Existem diversos tipos de capacitores:

-capacitores eletrolíticos com ou sem polaridade.
-capacitores de disco cerâmico, sem polaridade.
-capacitores de polyester, sem polaridade.
-capacitores eletrolíticos de tântalo, com polaridade.
-capacitores schiko.
-capacitores plate usado em RF.
-capacitores a óleo, atualmente usados para alta tensão.

entre outros.

Um capacitor bloqueia a passagem de uma corrente contínua. Uma corrente contínua é conseguida através do uso de uma tensão contínua.

Um capacitor permite a passagem de um sinal alternado e quanto mais alto a freqüência deste sinal maior a facilidade que ele terá de passar pelo capacitor. Mas, de qualquer forma, ele oferece um dificuldade a esta passagem e a esta dificuldade damos o nome de reatância capacitiva.

A reatância capacitiva pode se calculada pela expressão:

XC = 1/2 x PI x F x C

onde:

XC = reatância capacitiva, dada em ohms.

PI = 3,14

F = frequência

C = valor do capacitor

Pela expressão podemos perceber que, quanto maior o valor do capacitor ou maior o valor da frequência menor a reatância capacitiva.

Capacitores eletrolíticos, são amplamente utilizados em fontes comuns ou chaveadas, como filtros e servem para tornar um tensão alternada, que foi retificada por diodos, em tensão contínua.
Também são muitos utilizados em circuitos amplificadores em geral, para acoplar (ligar) um estágio com o outro, permitindo apenas a passagem do sinal que será amplificado e não da tensão continua que polariza o circuito.

Capacitores eletrolíticos de fontes chaveadas devem ser de 105 graus centíogrados. Isto quer dizer que eles suportam uma temperatura de trabalho maior e na prática, oferecem uma baixa resistência interna e uma baixa indutância interna (veremos isto com mais detalhes depois).


Os capacitores eletrolíticos são os capacitores que alcançam os maiores valores. Ficam na ordem de micro Farads.

A maioria do eletrolíticos tem uma temperatura de trabalho de 85 graus centígrados.

Capacitores de disco cerâmico e plate (são quadradinhos) são muito utilizados em circuitos osciladores de rádio frequencia e amplificadores de RF.

O valor destes capacitores fica na ordem de pico e nano Farads.

Os capacitores de polyester são muito utilizados em áudio e fontes. A ordem de seus valores ficam em nano Farads.

Um capacitor é capaz de armazenar energia sob a forma de campo elétrico e dar choques.

Como testar capacitores com um multímetro analógico

Antes de começarmos a falar sobre o teste de capacitores é importante lembrar que quanto menor o valor do capacitor maior deve ser a escala de medição de resistência usada e quanto maior o valor do capacitor menor poderá ser a escala utilizada.

Outra consideração importante é que o capacitor deve ser descarregado antes do teste, bem como após cada teste. Isto deve ser feito para que o teste seja correto além de evitar danos ao multímetro. Para descarregar um capacitor é só colocar os seus dois terminais em curto através de uma chave de fenda ou um alicate de bico, para isto ele deve estar desconectado de qualquer circuito eletrônico. Observação: dependendo do uso e do valor do capacitor este pode estar com muita carga e ao colocar seus terminais em curto poderá ocorrer faíscas e um estalo. Caso o capacitor a ser medido seja para uso com uma tensão alta e possua um valor na ordem de microfarads (uF) pode ser necessário descarregá-lo através de um resistor de baixo valor (aproximadamente 100 Ohms) e só depois os seus terminais devem ser colocados em curto. Cuidado para não levar choque ao fazer isto, use ferramentas com cabo isolado para manusear o resistor e para colocar o capacitor em curto.

Por esta introdução já podemos perceber que devemos utilizar a escala de medição de resistência ou Ohms para a medição e teste de capacitores.

Antes de testarmos um capacitor vamos nos lembrar um pouco do funcionamento de um capacitor. Como sabemos um capacitor impede a circulação de corrente contínua e para corrente alternada ele oferecerá um certa dificuldade. Esta dificuldade é chamada de reatância capacitiva (XC), e dependerá do valor do capacitor e do valor da freqüência.

Ao aplicarmos uma tensão contínua sobre um capacitor ele se carregará com o valor desta tensão, para que isto aconteça uma corrente surgirá entre a fonte de tensão contínua e as armaduras do capacitor. Depois que ele estiver carregado esta corrente cessará.

Mas você não disse que o capacitor não conduz corrente contínua?

Realmente ele não conduz mas quando aplicamos sobre ele uma tensão continua a tendência é que aconteça uma movimentação de cargas para a sua armaduras de forma que a armadura que está ligada no positivo tenha a mesma quantidade de carga da armadura que esta ligada no negativo, e vice-versa. Estas cargas terão valores opostos (em uma armadura serão positivas e na outra negativas) estabelecido este equilíbrio cessa a corrente. Quanto isto acontece o capacitor se carrega.

Podemos dizer que quanto maior o valor do capacitor maior será o tempo necessário para ele se carregar e/ou maior será a corrente para ele se carregar.

É bom lembrar que, na escala para medição de resistência, um multímetro apresenta em suas pontas de prova uma tensão (é para isto que ele usa pilhas ou baterias) e é através desta tensão que iremos testar os capacitores, vendo a sua carga através da movimentação do ponteiro do galvanômetro. Também é bom relembrar que quase todos os multímetros analógicos invertem a polaridade das suas pontas quando estão nas escalas de resistência. A ponta vermelha passa a ser negativa e a preta positiva. Devemos ficar atento a isto ao se medir capacitores polarizados, como os eletrolíticos, por exemplo. Nestes casos devemos ligar a ponta positiva com o terminal positivo do capacitor. Também é bom relembrar que a escala de resistência apresenta um símbolo, que representa o infinito, de um lado e o zero do outro.

Já relembrados estes conceitos vamos aos testes:

- Colocar o multímetro na escala de resistência.

- Encostar uma ponta de prova em cada terminal do capacitor.

- Observar a movimentação do ponteiro do multímetro (não precisa marcar o valor).

- Caso o ponteiro suba e desça o capacitor estará bom, ou seja, o ponteiro subiu pois estava circulando uma corrente para carregar o capacitor, terminada a carga acaba a corrente e o ponteiro volta para a posição inicial, o infinito. Quanto maior o valor do capacitor maior será o tempo que o ponteiro levará para subir e descer.

- Se o ponteiro subir e ficar parado em alguma posição entre zero e

o infinito (mesmo que comece a descer e pare) o capacitor estará com fuga, ou seja, uma corrente contínua está circulando através dele e isto já é sinal que este capacitor não

está bom.

- Se o ponteiro for direto para o zero o capacitor estará em curto. Também não está bom. Neste caso toda a corrente fornecida pelas pilhas do multímetro atravessará o capacitor, ele não oferece nenhuma resistência, e por isto o ponteiro vai para o zero.

- Se o ponteiro não se mover o capacitor estará aberto, sem capacitância, e não estará bom. Neste caso o capacitor nem chegou a se carregar e é por isto que o ponteiro nem se moveu. Ficou na posição indicada por infinito.

Mas eu posso utilizar qualquer escala de medição de resistência para os testes?

Não. Dependendo do valor do capacitor deveremos utilizar escalas diferentes.

Vamos à prática:

Para medir capacitores acima de 10000 uF use a escala X1.

Para medir capacitores entre 1000 uF a 10000 uF use as escalas X1 ou X10.

Para medir capacitores entre 100 uF a 1000 uF use as escalas X10 ou X100.

Para medir capacitores entre 10 uF e 100 uF use as escalas X100 ou X1K.

Para medir capacitores entre 1 uF e 10 uF use as escalas X1K ou X10K.

Para medir capacitores entre 100 nF e 1 uF use as escalas de 1K ou 10K ou 100K.

Para medir capacitores entre 1nF e 100 nF use a escala de 100K.

Para medir capacitores abaixo de 1 nF use a escala de 100K mas a leitura será difícil e, consequentemente, o teste não terá precisão.

Com este teste eu consigo saber o valor do capacitor e saber se este valor não está alterado?

Com este teste não dá para saber o valor do capacitor, mas apenas se ele não está aberto, com fuga ou em curto. Para saber o valor exato é necessário o uso de um capacímetro. O que podemos fazer é pegar um capacitor, que sabemos que está bom e seja do mesmo valor do capacitor testado, e comparar a leitura no multímetro deste capacitor com o capacitor a ser testado, para isto memorize as posições em que o ponteiro para na medição de um e do outro. Se der muita diferença entre estas posições provavelmente o capacitor em teste terá alguma alteração.

Embora as escalas de medição de resistência de um multímetro possam apresentar alguma diferença entre a máxima resistência que pode ser medida, pois a máxima resistência a ser medida depende, além do fator de multiplicação (X1, X10, etc) do fundo de escala indicado no galvanômetro, as escalas acima servem como uma boa referência para o teste de capacitores.

Observações:

Alguns capacitores eletrolíticos, geralmente os com alta tensão de isolação, costumam apresentar uma certa corrente de fuga, sendo assim pode ser que em determinadas escalas o ponteiro suba e, ao descer, pare próximo ao infinito. Se isto acontecer diminua a escala de multiplicação e veja se o ponteiro chega ao infinito, caso isto aconteça o capacitor estará bom.

Todos estes testes foram desenvolvidos com o auxílio da prática e embora possam variar um pouco de multímetro para multímetro, sempre serviram para testar capacitores.

É interessante que ao adquirir um multímetro se escolha um que tenha várias escalas de medição de resistência e seja capaz de medir valores máximos de 50M ohms para cima. Para saber qual a maior resistência que um multímetro é capaz de medir basta ler o maior valor da escala de resistência e multiplicar pela maior escala. Veja o exemplo:

Fundo de escala = 5K ohms

Maior escala = X10K

Maior resistência que pode ser medida = 5K x 10K = 50 M ohms.

Não encoste as mãos nas partes metálicas das pontas de prova, nem nos terminais dos capacitores, pois isto alterará as medições e testes.



25/01/2008

Capítulo 3 - Indutores

Indutores são componentes formados por espiras, voltas de fio, enroladas ou não em torno de um núcleo. Um enrolamento de um transformador é um indutor, ou choque ("pecinha" para eliminar ruídos...) é um indutor. E por aí vai...
Usamos indutores, especificamente em eletrônica, na construção de transformadores de diversos tipos, como partes de filtros, como eliminadores de ruídos, como parte de circuitos osciladores etc, etc...

Um indutor oferece uma dificuldade a passagem de uma frequencia alternada, e a esta característica damos o nome de reatância indutiva, veja:

XL =2 x PI x F x L

onde:

XL =reatância indutiva
PI = 3,14
F = frequencia que " passa" ou está aplicada sobre o indutor
L = valor do indutor


O valor do indutor é dado em Henries, micro henries, nano Henries, pico Henries

Podemos perceber pela expressão, que: se aumentarmos o valor de F ou de L aumentamos a reatância indutiva. E é pelo fato dele oferecer esta resistência que podemos usá-lo em filtros em fontes de alimentação, particularmente fontes chaveadas

Um indutor armazena energia na forma de campo eletromagnético. Vamos explicar melhor: Quando passa uma corrente por um indutor ele cria uma campo eletromagnético ao redor dele, quando tiramos a tensão que gerava esta corrente o campo magnético diminui e atravessa suas próprias espiras criando uma tensão ao contrário da que gerava a corrente anteriormente, esta tensão é capaz de dar um belo choque elétrico ou de "queimar" componentes eletrônicos em um circuito.

27/01/2008

Capítulo 4 - Transformadores

Transformadores são componentes eletrônicos usado na maioria do equipamentos.
A construção de um transformador consiste na confecção de dois, ou mais, enrolamentos isolados entre sí.
Vamos imaginar um transformador com dois enrolamentos, um que é a entrada, e chamaremos de primário, e o outro que é a saida e chamaremos de secundário.

Também temos que acrescentar a estes enrolamentos um núcleo que, no caso de uso com a rede elétrica é feito de chapas de ferro sílicio, e no caso de fontes chaveadas é feito de ferrite.
É em volta deste núcleo que faremos ou teremos os enrolamentos.

Nosso transformador imaginário terá o seu primário dimensionado para 127 volts e seu secundário para 15 volts.

Na prática o que acontece? Acontece que se aplicarmos 127 volts em seu primário teremos 15 volts no seu secundário e um enrolamento estará isolado do outro, pois não há ligação física entre os dois enrolamentos, a tensão se transfere de um lado para o outro através de indução eletromagnética. E falamos que voce está isolado da rede, que o lado do secundário está isolado do lado da rede eletrica, que é de 127 volts.

09/02/2008

Capitulo 5 - Diodos


O diodo é um semicondutor utilizado em diversas áreas de eletrônica. Como ele tem como característica conduzir apenas em um sentido é utilizado para retificar, ou seja, transformar tensão alternada em contínua e portanto é muito útil em fontes de alimentação. Pode ser utilizado também para proteger um circuito. Existem diversos tipos de diodos (neste livro você verá alguns tipos) e com alguns tipos conseguimos construir reguladores, osciladores, atenuadores, sintonizadores, etc.


Testando diodos

Às vezes precisamos testar um diodo retificador, mas como fazer isto?

É fácil, mas antes de começarmos vamos falar um pouco sobre multímetros. Um multímetro ou multiteste é um equipamento muito importante para quem gosta de se aventurar, seja por hobby ou profissão, na eletrônica. Estes aparelhos nos permitem medir diversas grandezas:

- tensão elétrica

- corrente elétrica

- resistência elétrica.

- etc.

Geralmente temos em um multímetro diversas escalas. Estas escalas além de indicar qual a grandeza que estamos medindo, também definem o fundo de escala, ou seja, o máximo valor que podemos medir na mesma. Como exemplo podemos citar o seguinte: na escala de 100 VAC (tensão alternada) não devemos medir uma tensão maior do que 100 VAC com o risco de danificarmos o aparelho. Hoje em dia além das grandezas já citadas, encontramos multímetros que podem medir o ganho de transistores (HFE), freqüência, capacitância, etc.

Existem também multímetros analógicos e digitais. Os multímetros analógicos possuem diversas escalas e um ponteiro que corre sobre elas indicando o valor medido. Os multímetros digitais tem um display que mostram, diretamente, o valor numérico da grandeza medida.

Se você possuir um multímetro e um diodo, pegue-os para fazermos os testes.

Medindo diodos com um multímetro analógico:

Para medirmos um diodo devemos colocar o multímetro na escala de resistência.

Eu acho interessante que se trabalhe sempre com uma mesma escala, uma que seja a intermediária entre a mais baixa e a mais alta (as escalas de resistência vem indicadas assim: X1, X10 , X1K, etc. Estas indicações definem o fator de multiplicação do valor lido na escala do galvanômetro. Vamos supor que você está na escala X10 e o valor lido é 15, na realidade a resistência que você está medindo é de 150 Ohms, 15 X 10 = 150 Ohms. Se você estivesse na escala X1 e a indicação fosse 15 o valor da resistência realmente seria 15 Ohms, 15 X 1 = 15 Ohms. Deu para perceber como se faz a leitura?)

É importante lembrar que na maioria dos multímetros analógicos ao se colocar a chave na posição para medição de resistência as pontas ficam invertidas (que eu saiba só multímetros analógicos que possuem circuitos internos para aumentar a impedância de entrada, etc é que não invertem as pontas), ou seja, a vermelha que é a positiva, passa a ser a negativa. E a preta que é a negativa passa a ser a positiva.

O diodo deve estar, pelo menos com um lado, desconectado do circuito (o circuito deve estar desligado).

Agora só falta fazermos o ajuste de 0 Ohms, para isto basta colocarmos as duas pontas em curto e ajustarmos o knob de ajuste até que o ponteiro pare em cima da indicação de 0 Ohms. Em alguns multímetros estes ajuste deve ser verificado sempre que se mudar de escala. Se não for possível “zerar” o multímetro é porque, provavelmente, as pilhas estão descarregadas. Abra o multímetro e troque-as.

Já sabendo isto vamos testar o diodo:

- encoste uma ponta de cada lado, se o ponteiro se mover até um certo valor da escala, (ficar parado próximo ao centro da escala, não dê muita atenção ao valor) o diodo está conduzindo.

- agora inverta as pontas (faça outra medição), o ponteiro não deve se mover. Se isto acontecer o diodo está bom, ou seja, só está conduzindo em um sentido.

- se nas duas leituras o ponteiro chegar a indicar zero ohms o diodo está em curto.

- se nas duas leituras o ponteiro indicar infinito (não se mover) o diodo está aberto.

- se o ponteiro se mover nas duas leituras mas indicar valores (ou posições na escala) diferentes, provavelmente o diodo estará com fuga.

Cabe lembrar que o lado do diodo que tem uma faixa é o negativo (cátodo). E o diodo só conduzirá quando neste lado estiver encostada a ponta vermelha (este multímetro inverte as pontas, lembre-se disto). Desta forma podemos até descobrir quem é quem em um diodo quando este estiver com as marcações apagadas. O lado, quando o diodo conduz, em que estiver a ponta vermelha será sempre o cátodo.

Experimente fazer testes mudando de escalas de resistência e veja as diferenças, para isto pegue um diodo bom. Mas cuidado se você colocar em uma escala com fator de multiplicação grande ( X1K, X10K, por exemplo) não encoste nas duas pontas com suas mãos ao mesmo tempo, pois você poderá errar na leitura. O multímetro estará medindo a resistência do seu corpo junto com o diodo. Experimente colocar na escala mais alta e pegar uma ponta com cada mão, você verá que o ponteiro se moverá. Isto causa um erro na leitura.

Medindo um diodo com um multímetro digital:

Em multímetros digitais teremos, geralmente, uma escala específica para medição de semicondutores (diodos, transistores, etc). Esta escala será representada pela simbologia de um diodo. Nos multímetros digitais as pontas não se invertem, desta forma a vermelha sempre corresponderá ao positivo e a preta sempre ao negativo.

Vamos logo testar este diodo:

- coloque o multímetro na escala representada pelo símbolo de um diodo. Provavelmente aparecerá um numero 1 no lado esquerdo do display. Isto indica nenhuma circulação de corrente entre as pontas, ou uma resistência muito alta. Encoste uma ponta com a outra e veja que aparecerá o número zero, ou seja, uma resistência muito baixa.

- Encoste as pontas no diodo se aparecer um número (o valor numérico pode variar entre os diversos tipos de multímetros), o diodo estará polarizado corretamente e o lado onde estiver encostada a ponta vermelha será o positivo do diodo (ânodo).

- Inverta as pontas, se não aparecer nenhum número (continuar o 1 no canto esquerdo do display) o diodo está bom, só conduz em um sentido.

- se na primeira e na segunda medida aparecer um número próximo a zero (ou mesmo o zero) o diodo está em curto.

- se nas duas medidas o display não indicar nada o diodo está aberto.

- se nas duas medidas aparecerem números no display, provavelmente o diodo está com fuga.

É super importante ressaltar que, se aqui vimos um pouco de teoria de como se faz para testarmos diodos, a prática é fundamental neste caso. Pegue vários diodos e teste-os, acostume-se com as escalas de resistência de seu multímetro. Tente testar leds (que são diodos emissores de luz), varie as escalas e veja se percebe alguma diferença. Lembre-se que um

transistor bipolar pode ser representado como dois diodos e tente testá-lo.


09/02/2008

Capítulo 6 - NTCs e PTCs

Existem alguns tipos de resistores que possuem características especiais, vamos falar de dois deles, o famoso NTC e o não mais notório PTC. Estes dois resistores tem o seu valor dependente da temperatura em que estão submetidos, ou seja, se voce varia a temperatura voce varia o valor deles.

O NTC possui um coeficiente negativo de temperatura e isto quer dizer que: quando a temperatura sobe sua resistência abaixa.

O PTC possui um coeficiente positivo de temperatura e isto quer dizer que: quando a temperatura aumenta sua resistência aumenta também.

São muito usados em termômetros, termostatos, proteção contra excesso de temperatura, enfim são muito usados em sensores.

Existe um tipo de PTC, que recebe o nome de PPTC ou Polyswitch, que é capaz de aumentar rapidamente e muito sua resistência interna diminuindo extremamente a corrente que passa por ele protegendo assim o circuito onde está instalado.

17/02/2007